Alice Bemvenuti[1]
Datas comemorativas - prioridade! Quando as Secretarias de Educação vão lançar esse debate? Se a mesma energia dedicada a organização das datas festivas fosse investida em projetos coletivos integrando áreas do conhecimento sócio-histórico, lógico-matemático, artístico-cultural, espacial-corporal, etc, a educação avançaria rumo a uma sociedade mais reflexiva e consciente.
O sistema educativo pouco incentiva projetos de trabalho continuado vinculados ao sabor da descoberta do conhecimento. Não importa etnia, tipo de roupa, cor de cabelo, gosto musical, sexo ou time de futebol, moramos no mesmo Planeta, respiramos o mesmo ar e bebemos a mesma água.
Fico pensando, por que os projetos educativos mais complexos ficam engessados? Por que só alguns professores e escolas enfrentam o desafio? Talvez, nada mais rápido, conservador e paternalista do que seguir a lista de conteúdos que prioriza festividades! Boa estratégia para não correr o risco de produzir sujeitos pensantes que possam superar o saber do professor, do governante, do patrão!
Nós, professores de arte, somos apontados como responsáveis por uma área do conhecimento generosa, fácil, bonita, superficial, de entretenimento, “que não roda”, sem falar da decoração e datas festivas. Apesar do fortalecimento da arte na escola pelas pesquisas acadêmicas desenvolvidas e pelo Movimento de Arte-Educação nas últimas duas décadas no Brasil, ainda temos notícias de professores de arte que sofrem represálias veladas e por isso realizam a decoração da escola em horas extras sem remuneração.
O tema é complexo. Talvez perigoso!
A escola opta por um programa fragmentado ao invés de ofertar um aprendizado que impulsione o sujeito em direção ao saber artístico, por exemplo, conhecer e investigar a produção de arte da cidade, do estado, do País. Considerando a artes visuais, o teatro, a dança e a música, falar de conteúdo em arte nessas poucas linhas parece provocação.
Mas, aproveite a ocasião, reflita sobre a educação com algumas perguntas: Sua escola foi a Bienal de Arte do Mercosul? Visitou algum Museu de Arte? Ofereceu apreciação de espetáculos em teatros com profissionais da área? Promoveu debates e estudo continuado após o encontro com a arte? Ofereceu espaços de liberdade para o lambuzo com tinta? E para descobrir o que é dança contemporânea? Incentivou a realização de anotações pessoais a partir de pesquisas com as diferentes linguagens da arte? Pois é...isto é possível! Mas não esqueçam – semana que vem tem festinha de Páscoa na escola!
[1] Arte-Educadora e Artista Plástica –
Mestre em Artes Visuais – UFRGS
Professora da Rede Municipal de Porto Alegre
Professora da ULBRA Canoas e Guaíba - Curso de Pedagogia e Fotografia
Hello amigo: quis o invitarte que você visita o blog que eu estou fazendo com meus estudantes do segundo ano do secundário na DISCRIMINAÇÃO.
ResponderExcluirassunto
arduous e interessante de http://nodiscrimine.blogspot.com
Certamente será de seu affability.
Nós convidamos-lhe que você leu o que você por favor dele e você lhe fazem uma opinião sobre ele mesmo.
Sua contribuição será valiosa.
No blog você encontrará um tradutor da página em diversas línguas se você a necessitar.
Um hug de Argentina.
Obrigado pelo seu comentário , irei ver sim seu blog . Apareça sempre pois postarei novos textos sobre a educação .
ResponderExcluirVivian