2 de agosto de 2008

Socorro! Está Impossível Educar o Meu Filho

Socorro! Está Impossível Educar o Meu Filho - Armando Correa de Siqueira Neto
Mediante as dificuldades cotidianas de se educar os filhos, vê-se a necessidade de agir com maior rigor, utilizando-se de um planejamento a ser compreendido e discutido entre todos aqueles que convivem com as crianças. É importante criar um método que ajude no processo educacional dos filhos. Não obstante, agir organizadamente traz mais harmonia para dentro dos lares, além de gerar a gostosa sensação de se estar cumprindo a vital missão: educar o ser humano para uma vida mais plena.Faz-se necessária a lembrança de que a Educação Infantil deve acontecer em casa e de que, à escola, compete a formação acadêmica, acrescida de alguns valores. Portanto, é um casamento de forças educacionais, e não um jogo de empurra-empurra, no qual a criança deixa de ser educada e, de quebra, sente-se um transtorno. A educação leva tempo, não ocorre da noite para o dia. Ela é um processo. Não somos máquinas programáveis, somos gente, que necessita de desenvolvimento e maturidade para tornar a vida melhor.Os últimos tempos têm dado amostras de resultados desastrosos de uma educação com baixos limites em sua estrutura, além da bola-de-neve dos relacionamentos ruins, que são desenvolvidos, em parte, como conseqüência desse equívoco. Contudo, a natureza é especial, e as possibilidades favoráveis são ilimitadas. Aqueles que despertam com nova esperança no coração encontrarão forças para fazer a diferença de seu jeito particular, próprio de cada família. Destacam-se alguns pontos-chave no processo de educação. Eles determinam o grau de êxito em cada caso. São o sacrifício, o acordo, os objetivos, o conhecimento, a paciência, a firmeza e a perseverança. Acrescente outros itens que desejar e melhore ainda mais esse encontro de boa vontade com a educação dos filhos.1. SACRIFÍCIO: A tarefa da educação requer sacrifícios como paciência, perseverança e firmeza. Tudo tem um preço na vida. Compreender o resultado do sacrifício ajuda a tornar o custo mais leve. Há tempos, as pessoas evitam os sacrifícios, cujo significado é “privação de coisa apreciada”.2. ACORDO: Todos os cuidadores precisam se conhecer e agir de comum acordo e em parceria. Assim, a força estará concentrada na união e na aprovação da forma de educar. A criança percebe se o conjunto é coerente.3. OBJETIVOS: Estas tarefas de educação visam educar a criança e, conseqüentemente, trazem mais harmonia para o lar. Todos devem ter conhecimento acerca do que se pretende com a educação.4. CONHECIMENTO: A criança, a partir de 2 anos de idade, aproximadamente, testará e contestará os pais, utilizando-se da famosa birra (choro, esperneação, etc.) como instrumento para essa finalidade. “Quem não chora não mama.”5. PACIÊNCIA: Sem a paciência, desistimos de nossos projetos; com ela, nos alimentamos diariamente, dando forças para a firmeza.6. FIRMEZA: Manter a prática firme da educação e criar o seu hábito levam à consistência e à segurança da criança. Lembre-se de que o tempo gera o hábito, e o hábito gera a economia.7. PERSEVERANÇA: No dia-a-dia é que se constrói a educação; portanto, a sua manutenção persistente é fundamental. A constância permite um resultado bem melhor.Vale lembrar a questão humana presente na vida familiar: o quanto se está envolvido com os filhos e as influências causadas nos pais em virtude de seus comportamentos. Ou seja, tolera-se ou não certos comportamentos infantis — tais como o choro, as dificuldades, etc. — de acordo com algumas experiências passadas dos pais. Eles podem estar “cegos” mediante certos comportamentos dos filhos. A história de vida é singular. Cada um tem a sua, inclusive a criança. Misturar as estações só dificultará o processo educacional e de convivência. Não é tarefa fácil; todavia, vale a pena.Outra questão é o sentimento de culpa, que é comum nos pais, em virtude do pouco tempo que passam junto com os seus filhos, do baixo ânimo e da pouca paciência que oferecem após um dia de exaustivo trabalho, além do acúmulo de noites mal dormidas, etc. No entanto, a culpa apenas dificulta a educação, diminuindo as chances de se praticar o que é necessário. Os pais acabam invertendo as prioridades, dão o que não devem, a exemplo dos presentes. Não se deve comprar os filhos com coisas, mas compartilhar a educação.Algumas regras colaboram no processo da Educação Infantil:1. Estar disposto a certos sacrifícios.2. Manter comunicação constante. As conversas fazem parte da educação.3. Não atender às birras, mas aos pedidos.4. Expor à criança que só será atendida se pedir em tom de voz normal.5. Evite usar os personagens de televisão para amedrontar ou punir os filhos. Faz mais sentido alegar que são os pais ou cuidadores que estão educando.6. Não voltar atrás.7. Oferecer algum tempo diário para se dedicar aos filhos, com carinho, brincadeiras, etc.8. Evite a contradição entre o que é dito pelos pais. A criança se sente confusa e dividida.9. Os pais são o modelo a ser seguido. Pense que tipo de modelo é o seu.10. Não acredite que o tempo, por si só, dará jeito na situação. Não haveria sentido em existir a educação.O pedido de socorro emitido pelos pais é compreensível, porém a criança também grita por ajuda. A birra é uma forma de saciar os prazeres infantis, entretanto, quando atendida, ela agrada e, ao mesmo tempo, gera um mal-estar na criança, que precisa de educação. Quando nos sentimos sem apoio (limites), a angústia é a sensação que expressa tais circunstâncias. O sacrifício de manter a educação é a luta diária que cabe aos pais e tem como recompensa a boa formação. Sacrifício requer uma cota de entrega. Em Efésios 5:2, temos: “E andai em amor, como também Cristo nos amou e se entregou a si mesmo por nós, como oferta e sacrifício a Deus, em aroma suave”.Pense profundamente sobre a entrega que deseja empreender. O método que persiste é aliviado pelo tempo. A criança aprende e cria os seus mecanismos próprios. Creia nela e em suas possibilidades de educação.

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